Hoje, dia 10 de junho de 2023, o cara que teve a genialidade de refinar e sintetizar a riqueza rítmica do samba com acordes elegantes e sincopados, estaria completando 92 anos de idade, se vivo estivesse. Além de violonista diferenciado, foi também um cantor que viveu à frente do seu tempo. Com sua voz melíflua e timbre eufônico, introduziu com maestria, uma maneira peculiar de interpretar as canções que enalteciam o amor, o sorriso e a flor nos anos dourados da noite carioca. Foi graças à sua criatividade e originalidade que a música brasileira conseguiu implodir as barreiras do preconceito, transpor as fronteiras internacionais e encantar plateias em diferentes partes do mundo. Graças ao vernaculismo e ao brilhantismo musical desse cara, os artistas brasileiros passaram se destacar no exterior pelo talento, e não mais pelos jocosos cachos de banana que outrora ostentavam na cabeça. Esse cara foi determinante para mudar esse estereótipo. Se a partir dos Anos 60, a música e os músicos brasileiros passaram a ter reconhecimento e respeitabilidade nos chamados “Países de Primeiro Mundo”, deve-se muito (muito mesmo) ao trabalho desse cara. Por tudo isso e muito mais, é lamentável que numa data tão especial como hoje, antevéspera inclusive, do Dia dos Namorados, os produtores culturais do Rio de Janeiro, bem como os músicos independentes que atuam nas boas casas de shows desta cidade, tenham perdido a oportunidade de homenageá-lo. Para não ser injusto, somente o pianista, compositor e arranjador Paulo Malaguti Pauleira, promoveu ontem (9), no Teatro CESGRANRIO, no Rio Comprido, um espetáculo que reverenciou a antológica obra do mestre, com canções que acariciaram ouvidos decanos e juvenis. Que showzaço! Parabéns aos organizadores e a todos excelentes artistas participantes!
Nós do Batida Diferente, que não produzimos eventos, mas valorizamos a boa música e prestigiamos os bons músicos, de agora e de outrora, deixaremos aqui neste vídeo abaixo, nossa modesta homenagem ao cara que fecundou e pariu a Bossa Nova.
Um brinde a JOÃO GILBERTO!
Salve fernandão assim eu chamava.
Fernandão nosso irmão! Que amigo bacana! Tá fazendo falta, Jimmy.
Muita falta.